Paulo Oliveira
Jornal Destak
Apesar da crise econômica enfrentada em todo o Brasil, a venda de imóveis no Distrito Federal apresentou um ligeiro crescimento nos três primeiros meses deste ano, em comparação ao mesmo período de 2015.
O Índice de Velocidade de Vendas, indicador que mede o ritmo da comercialização de novos imóveis, divulgado pela Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do DF (Ademi-DF), reflete bem essa ascenção.
A média do índice nos três primeiros meses deste ano ficou em 4,8%, o que significa que, a cada 100 novas unidades imobiliárias colocadas à venda, 4,8 foram vendidas. No primeiro trimestre do ano passado a média do indicador ficou em 3,7%.
O presidente da Ademi-DF, Paulo Muniz, diz que o momento atual é propício para a compra desses bens. "Com a queda na oferta e no lançamento de novos imóveis, os preços deles ficam estabilizados", afirma Muniz.
Adalberto Valadão Júnior, vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-DF), afirma que essa alta nas vendas ocorreu devido ao "boom" de lançamentos imobiliários em 2010 e 2011, seguido de redução.
Lançamentos
Em 2010 e 2011 foram lançados 69 e 85 empreendimentos, respectivamente. "É natural que, após tantos lançamentos, a oferta caísse e também os preços dos imóveis", afirma Adalberto Júnior.
De acordo com o vice-presidente do Sinduscon-DF, os imóveis mais vendidos neste ano no DF estão entre os que têm preços de até R$ 130 mil, os quais estão inclusos os do programa do governo federal Minha Casa Minha Vida, que cobram juros de, no máximo, 8% anuais.
O subsídio do governo é dado para pessoas que tenham renda familiar de até R$ 5 mil (e as prestações não podem passar de 30% do valor da renda bruta familiar).
